Moro num bairro relativamente "tranqüilo" no Rio (se é que isso é possível), mas nem por isso ele está livre de favelas, como qualquer outro bairro de qualquer zona, seja ela norte ou sul.
Mas ontem eu tava no vestiário da academia quando ouço uns tiros. Procurei ficar num local menos exposto, com o intuito de me proteger. Quando saí do vestiário, disse ao meu marido que tava tendo tiroteio. Ele ficou meio assustado.
Resolvemos sair e ir pra casa. Moramos ali perto e vamos à pé pra lá.
Assim que saímos, chega um carro de polícia, eles já saem de dentro do carro com seus fuzis em mãos, e correm em direção ao morro, assim, na nossa cara. Eu, desesperada, saí correndo pra ultrapassá-los o quanto antes, com medo de acabar sobrando alguma "balinha" pra mim.
Gente, é assutador. Vc não sabe pra que lado corre e reza pra se sair bem.
Graças Deus não houve nenhum disparo nesse momento, mas assim que cheguei em casa ouvi mais uma troca de tiros. Daí em diante, liguei o ar condicionado do quarto com o objetivo de amenizar o calor e abafar qualquer ruído inconveniente.
Cada um faz o que pode, já que como muitos dizem, isso é normal!
Pra mim, isso não é nem nunca será normal, mas que a Violência (aqui postada com letra maiúscula) já é cidadã brasileira, substantivo próprio mesmo, isso não tem como negar!
3 comentários:
Infelizmente essa é a realidade para nós que moramos na cidade maravilhosa.
Aqui perto de casa tem um grupinho de 10 a 15 "dimenor" que assaltam todos os dias no mesmo lugar e o mais interessante é que moro a 600 metros de um batalhão da polícia.
Ah...e só para constar a rua em frente ao batalhão fecha depois que escurece pois a polícia tem medo de ser invadida pelos bandidos....e ainda me perguntam por que eu quero ir para o Canadá ???
Que triste. Aqui em Brasília as coisas são bem mais tranqüilas e, mesmo assim, eu tenho receio da violência. E ainda temos que ouvir o amigo canadense do meu marido dizer que lá também tem violência "morre uma pessoa, mas quantas são salvas? Notícia boa não sai no jornal", diz o gringo. rs Acho que ele não tem mesmo a mínima noção do que significa insegurança.
Um abraço,
Carol
Nossa Re!! Que medo! Não consigo nem imaginar o tamanho do seu desespero, ainda mais com uma menininha na barriga! Não consigo nem imaginar o que eu faria numa situação dessas! Mas calma, falta pouco tempo! Quando vc menos esperar já vai estar reclamando da neve na calçada!
Se cuida gravidinha!
Beijos!
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