Nessa mesma viagem entre SP e RJ que eu falei no post anterior, surgiu o assunto imigração.
Minha amiga e o marido dela queriam saber um pouco mais sobre o processo, sobre a vida no Canadá, sobre impostos, saúde, escola, segurança e principalmente o porquê de queremos ir.
Eu disse um pouco de tudo que sabia e falei que nossa vontade de morar fora é antiga e que a gente pretende oferecer uma melhor qualidade de vida a nossos filhos e à nós mesmos. Claro que eu sei e inclusive disse a eles que a gente vai pagar um preço alto por isso, uma vez que qualidade de vida também inclui morar perto da família e dos amigos, mas eu expliquei que minha mãe apóia a gente e pretende até ficar entre Canadá e Brasil assim que nós estivermos morando lá, o que facilitaria bastante as coisas.
Eu disse ainda que nosso objetivo é fazer acontecer, apesar de toda dificuldade inicial, principalmente em relação à lingua e ao emprego, uma vez que eu sou dentista e meu marido é advogado, mas que se depois de um tempo a gente sentir que não dá pra ficar lá, seja por qual motivo for, inclusive saudade, a gente volta. O que não dá é viver pensando como seria se a gente tivese ido.
O marido da minha amiga disse que a gente precisa ter um objetivo claro e que se depois de 3 anos a gente voltar e não tiver conquistado nada, se a gente voltar pro Brasil de onde partimos, na opinião dele não terá valido a pena, uma vez que não somos mais jovens pra tentar a vida e temos uma filha que depende de nós.
Eu fiquei com aquilo na cabeça. Em nenhum momento ele foi intransigente e a conversa foi proveitosa. Ele apenas falou o que ele pensa, o que ele faria em nossa situação. Eu, contudo, fiquei meio apavorada: será que somos malucos? Aventureiros?
E vocês, o que acham sobre essa conversa franca que tivemos?