"O Senhor disse a Abrão: - Sai da tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teu pai, e vai para a terra que eu vou te mostrar." Gn.12,1
quinta-feira, julho 31, 2008
Amamentação
Estou divulgando essa blogagem coletiva sobre a Amamentação, com letra maiúscula mesmo, por ser um ato sublime, de amor e entrega, que salva vidas. Eu amamentei minha filha e sinto muitas saudades desses momentos.
Quem puder divulgar, fica o selo da campanha, criado pela Denise
Eu já aderi ao movimento!
quinta-feira, julho 24, 2008
Conversa franca
Nessa mesma viagem entre SP e RJ que eu falei no post anterior, surgiu o assunto imigração.
Minha amiga e o marido dela queriam saber um pouco mais sobre o processo, sobre a vida no Canadá, sobre impostos, saúde, escola, segurança e principalmente o porquê de queremos ir.
Eu disse um pouco de tudo que sabia e falei que nossa vontade de morar fora é antiga e que a gente pretende oferecer uma melhor qualidade de vida a nossos filhos e à nós mesmos. Claro que eu sei e inclusive disse a eles que a gente vai pagar um preço alto por isso, uma vez que qualidade de vida também inclui morar perto da família e dos amigos, mas eu expliquei que minha mãe apóia a gente e pretende até ficar entre Canadá e Brasil assim que nós estivermos morando lá, o que facilitaria bastante as coisas.
Eu disse ainda que nosso objetivo é fazer acontecer, apesar de toda dificuldade inicial, principalmente em relação à lingua e ao emprego, uma vez que eu sou dentista e meu marido é advogado, mas que se depois de um tempo a gente sentir que não dá pra ficar lá, seja por qual motivo for, inclusive saudade, a gente volta. O que não dá é viver pensando como seria se a gente tivese ido.
O marido da minha amiga disse que a gente precisa ter um objetivo claro e que se depois de 3 anos a gente voltar e não tiver conquistado nada, se a gente voltar pro Brasil de onde partimos, na opinião dele não terá valido a pena, uma vez que não somos mais jovens pra tentar a vida e temos uma filha que depende de nós.
Eu fiquei com aquilo na cabeça. Em nenhum momento ele foi intransigente e a conversa foi proveitosa. Ele apenas falou o que ele pensa, o que ele faria em nossa situação. Eu, contudo, fiquei meio apavorada: será que somos malucos? Aventureiros?
E vocês, o que acham sobre essa conversa franca que tivemos?
Minha amiga e o marido dela queriam saber um pouco mais sobre o processo, sobre a vida no Canadá, sobre impostos, saúde, escola, segurança e principalmente o porquê de queremos ir.
Eu disse um pouco de tudo que sabia e falei que nossa vontade de morar fora é antiga e que a gente pretende oferecer uma melhor qualidade de vida a nossos filhos e à nós mesmos. Claro que eu sei e inclusive disse a eles que a gente vai pagar um preço alto por isso, uma vez que qualidade de vida também inclui morar perto da família e dos amigos, mas eu expliquei que minha mãe apóia a gente e pretende até ficar entre Canadá e Brasil assim que nós estivermos morando lá, o que facilitaria bastante as coisas.
Eu disse ainda que nosso objetivo é fazer acontecer, apesar de toda dificuldade inicial, principalmente em relação à lingua e ao emprego, uma vez que eu sou dentista e meu marido é advogado, mas que se depois de um tempo a gente sentir que não dá pra ficar lá, seja por qual motivo for, inclusive saudade, a gente volta. O que não dá é viver pensando como seria se a gente tivese ido.
O marido da minha amiga disse que a gente precisa ter um objetivo claro e que se depois de 3 anos a gente voltar e não tiver conquistado nada, se a gente voltar pro Brasil de onde partimos, na opinião dele não terá valido a pena, uma vez que não somos mais jovens pra tentar a vida e temos uma filha que depende de nós.
Eu fiquei com aquilo na cabeça. Em nenhum momento ele foi intransigente e a conversa foi proveitosa. Ele apenas falou o que ele pensa, o que ele faria em nossa situação. Eu, contudo, fiquei meio apavorada: será que somos malucos? Aventureiros?
E vocês, o que acham sobre essa conversa franca que tivemos?
segunda-feira, julho 21, 2008
Susto
Não gosto de ficar apenas falando coisas ruins do cotidiano, mas é que aconteceu um episódio nesse fim de semana quando eu vinha com um casal de amigos e minha pequena de SP para o RJ. Estávamos na Linha Vermelha, que é uma via expressa linda e tranquila, onde a gente costuma passear observando a linda e perfumada vista da baía de Guanabara e da cidade maravilhosa (opa, pára tudo...isso é um sonho! quem sabe um dia eu possa dizer isso de verdade). Na verdade quem conhece o local sabe que a gente passa por essa via rapidinho pois ela corta inúmeras favelas e não é raro acontecer de ela ser fechada em decorrência de tiroteios entre bandidos e a polícia, mas enfim...
Estávamos passando pela linha depois de 5 horas de estrada quando um carro da PM parece do nada atrás de nós e discretamente um policial começa a gritar pelo auto-falante que a gente encoste na direita. Eu olhei para trás e me assustei porque não vi motivo nenhum para isso. Por um momento nem achei que fosse com a gente.
Mas ele vinha colando na gente e gritando pra gente parar.
Meu amigo parou e eu tremia feito vara verde, por não saber se eram de fato policiais, por não saber o que eles queriam com a gente e por medo de eles saírem atirando. Assim que paramos eu fui logo dizendo que tinha criança no carro e eles pediram pra gente descer que eles iriam fazer revista.
Perguntaram se a gente tinnha armas ou drogas no carro (ahãm..), olharam o documento e liberaram nossa partida depois que todos os integrantes do veículo (menos a bebê) saíram do carro.
Estou até agora sem entender nada.
Estávamos passando pela linha depois de 5 horas de estrada quando um carro da PM parece do nada atrás de nós e discretamente um policial começa a gritar pelo auto-falante que a gente encoste na direita. Eu olhei para trás e me assustei porque não vi motivo nenhum para isso. Por um momento nem achei que fosse com a gente.
Mas ele vinha colando na gente e gritando pra gente parar.
Meu amigo parou e eu tremia feito vara verde, por não saber se eram de fato policiais, por não saber o que eles queriam com a gente e por medo de eles saírem atirando. Assim que paramos eu fui logo dizendo que tinha criança no carro e eles pediram pra gente descer que eles iriam fazer revista.
Perguntaram se a gente tinnha armas ou drogas no carro (ahãm..), olharam o documento e liberaram nossa partida depois que todos os integrantes do veículo (menos a bebê) saíram do carro.
Estou até agora sem entender nada.
quinta-feira, julho 10, 2008
O primeiro de muitos
Filha, como o tempo passa depressa!
Hoje você completa seu primeiro ano de vida. Mamãe já está com saudades da bebezinha dela que cresceu rápido demais. Hoje eu fico a cada instante me remetendo ao dia 10 de julho do ano passado, lembrando o que estaria acontecendo em cada momento até ter você em meus braços pela primeira vez!
Aí eu penso que teria feito algumas cosinnhas de modo diferente. A experiência nos permite analisar os acontecimentos do passado por um outro ângulo. Eu teria curtido mais cada minutinho (se é que isso é possível), teria me estressado menos com cada noite mal dormida e teria me culpado menos achando que não daria conta do recado (que mentira....culpa faz parte do pacote da maternidade!).
Uma coisa, porém, eu não mudaria nem um detalhe sequer: você! Perfeita, linda, simpática, querida, tudo de bom!
Hoje de manhã eu levantei louvando a Deus pela sua vida e além de pedir saúde, paz e amor pra você, pedi a Ele que faça com que o tempo passe um pouquinho mais devagar. Será que Ele me atende?
Filha, com você realizei meu sonho mais antigo, o de ser mãe. Com você e por você, sou uma pessoa melhor. Sendo mãe eu me tornei mais filha. E isso é só o começo.
Muitos anos de vida pra gente crescer e se descobrir ainda mais!
Com amor eterno,
Mamãe
Hoje você completa seu primeiro ano de vida. Mamãe já está com saudades da bebezinha dela que cresceu rápido demais. Hoje eu fico a cada instante me remetendo ao dia 10 de julho do ano passado, lembrando o que estaria acontecendo em cada momento até ter você em meus braços pela primeira vez!
Aí eu penso que teria feito algumas cosinnhas de modo diferente. A experiência nos permite analisar os acontecimentos do passado por um outro ângulo. Eu teria curtido mais cada minutinho (se é que isso é possível), teria me estressado menos com cada noite mal dormida e teria me culpado menos achando que não daria conta do recado (que mentira....culpa faz parte do pacote da maternidade!).
Uma coisa, porém, eu não mudaria nem um detalhe sequer: você! Perfeita, linda, simpática, querida, tudo de bom!
Hoje de manhã eu levantei louvando a Deus pela sua vida e além de pedir saúde, paz e amor pra você, pedi a Ele que faça com que o tempo passe um pouquinho mais devagar. Será que Ele me atende?
Filha, com você realizei meu sonho mais antigo, o de ser mãe. Com você e por você, sou uma pessoa melhor. Sendo mãe eu me tornei mais filha. E isso é só o começo.
Muitos anos de vida pra gente crescer e se descobrir ainda mais!
Com amor eterno,
Mamãe
segunda-feira, julho 07, 2008
Hoje eu chorei...
...de medo de que algo como a morte do (outro) menino João aconteça com alguém de minha família.
...de revolta por ver como coisas assim acontecem todo dia e toda hora e tudo continua da mesma maneira.
...de indignação por ouvir as desculpas do secretário de segurança e por ouvir a mesma ladainha de sempre, de que temos uma polícia despreparada e por saber que tudo vai continuar assim.
...de dor ao ouvir o desabafo de um pai desesperado que acaba de perder um filho brutalmente.
...de gratidão por saber que os órgãos do garoto servirão para salvar algumas vidas.
...de esperança por estar buscando um futuro mais seguro pra mim e minha família, e espero que o consulado colabore e mande logo os nossos pedidos de exame médico.
...de revolta por ver como coisas assim acontecem todo dia e toda hora e tudo continua da mesma maneira.
...de indignação por ouvir as desculpas do secretário de segurança e por ouvir a mesma ladainha de sempre, de que temos uma polícia despreparada e por saber que tudo vai continuar assim.
...de dor ao ouvir o desabafo de um pai desesperado que acaba de perder um filho brutalmente.
...de gratidão por saber que os órgãos do garoto servirão para salvar algumas vidas.
...de esperança por estar buscando um futuro mais seguro pra mim e minha família, e espero que o consulado colabore e mande logo os nossos pedidos de exame médico.
terça-feira, julho 01, 2008
Santa Internet
Estava pensando esses dias sobre os benefícios da Internet. Eu sou meio viciada na rede, fico meio doida se não verifico meus emails, se não uso o MSN ou dou uma passada pelo Orkut.
Tudo bem que tem muita gente que usa a Internet com outras finalidades e isso me assusta um pouco, principalmente quando penso em pedofilia. Por isso evito ao máximo expor minha filha. Lamento esse fato, uma vez que minha família toda mora longe e colocar fotos em sites é uma maneira bem prática de compartilhar os momentos do crescimento dela, mas eu evito.
Pra mim, é só coisa boa. Através da net, a gente viaja e chega no Canadá em um clique. Fora isso, a quantidade de informações sobre imigração, universidades, escolas, creches, casas, cidades, tarifas de vôos, etc que a gente consegue sem sair de casa é cômodo demais.
Através do blog eu conheci muita gente que está no mesmo barco da imigração. A gente passa a trocar informações, compartilha as angústias do processo, acaba virando uma grande família.
Fico imaginando como era nos tempos dos meu avós que vieram da Itália pra cá, sem saber o que os esperava, sem planejamento nenhum, com um monte de irmãos, na sorte mesmo.
Acho que estamos fazendo o caminho inverso, mas com "um pouco" mais de informação. Sorte nossa! Tomara que possamos também construir uma vida digna lá no norte, como eles fizeram.
Tudo bem que tem muita gente que usa a Internet com outras finalidades e isso me assusta um pouco, principalmente quando penso em pedofilia. Por isso evito ao máximo expor minha filha. Lamento esse fato, uma vez que minha família toda mora longe e colocar fotos em sites é uma maneira bem prática de compartilhar os momentos do crescimento dela, mas eu evito.
Pra mim, é só coisa boa. Através da net, a gente viaja e chega no Canadá em um clique. Fora isso, a quantidade de informações sobre imigração, universidades, escolas, creches, casas, cidades, tarifas de vôos, etc que a gente consegue sem sair de casa é cômodo demais.
Através do blog eu conheci muita gente que está no mesmo barco da imigração. A gente passa a trocar informações, compartilha as angústias do processo, acaba virando uma grande família.
Fico imaginando como era nos tempos dos meu avós que vieram da Itália pra cá, sem saber o que os esperava, sem planejamento nenhum, com um monte de irmãos, na sorte mesmo.
Acho que estamos fazendo o caminho inverso, mas com "um pouco" mais de informação. Sorte nossa! Tomara que possamos também construir uma vida digna lá no norte, como eles fizeram.
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