"O Senhor disse a Abrão: - Sai da tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teu pai, e vai para a terra que eu vou te mostrar." Gn.12,1
quinta-feira, dezembro 24, 2009
Natal Feliz
Com neve, frio ou num calor escaldante, queremos desejar a todos um Natal feliz, animado, cheio de paz.
quinta-feira, dezembro 17, 2009
De férias
No Brasil, curtindo a família, passeando, recarregando as energias.
Assim que der a gente volta contando tudo!
Assim que der a gente volta contando tudo!
domingo, dezembro 06, 2009
Meio ano depois
Muita coisa aconteceu. Parece que estamos aqui há muito mais tempo. Aprendemos muito, choramos, tivemos vontade de voltar, conhecemos pessoas e lugares, experimentamos o que é nascer de novo.
A experiência é enriquecedora. A gente aprende com cada tombo, vibra com cada conquista, cresce junto. O tempo todo a gente analisa, se questiona, compara. Já curtimos o verão, nos encantamos com o outono e estamos com um pezinho no inverno que se aproxima mansamente. Privilégio de poucos poder ter as quatro estações.
Concluímos que o Canadá é um país incrível, diverso, cheio de oportunidades. As diferenças socias não são tão gritantes. É legal poder constatar que isso é possível, viver num lugar mais justo, mais igual apesar de tantas diferenças: indianos, chineses, portugueses, brasilieros, canadenses, colombianos, paquistaneses.
Se vai ser pra sempre eu não sei, mas será intenso, proveitoso e feliz!
A experiência é enriquecedora. A gente aprende com cada tombo, vibra com cada conquista, cresce junto. O tempo todo a gente analisa, se questiona, compara. Já curtimos o verão, nos encantamos com o outono e estamos com um pezinho no inverno que se aproxima mansamente. Privilégio de poucos poder ter as quatro estações.
Concluímos que o Canadá é um país incrível, diverso, cheio de oportunidades. As diferenças socias não são tão gritantes. É legal poder constatar que isso é possível, viver num lugar mais justo, mais igual apesar de tantas diferenças: indianos, chineses, portugueses, brasilieros, canadenses, colombianos, paquistaneses.
Se vai ser pra sempre eu não sei, mas será intenso, proveitoso e feliz!
domingo, novembro 29, 2009
Homesickness
Tem dias que bate de verdade e hoje é um deles. Dá saudade de tudo e vontade de arrumar as malas.
Nem tudo são flores na vida de um imigrante! Sim, eu sempre soube disso. Não estou arrependida, apenas saudosa.
Quando me sinto assim, permito-me viver a tristezinha que toma conta de mim, choro de soluçar e depois arregaço as mangas e sigo em frente.
O show tem que continuar!
Nem tudo são flores na vida de um imigrante! Sim, eu sempre soube disso. Não estou arrependida, apenas saudosa.
Quando me sinto assim, permito-me viver a tristezinha que toma conta de mim, choro de soluçar e depois arregaço as mangas e sigo em frente.
O show tem que continuar!
terça-feira, novembro 17, 2009
Elena
Sexta-feira, quatro da tarde aqui no Canadá, eu sentada no trabalho auxiliando num procedimento. Meu celular toca. Raramente trabalho com ele no bolso. Quando vi o número do telefone da minha irmã, grávida de 38 semanas, sabia que tinha novidade a caminho. Comecei a tremer, mas não pude atender a ligação.
Quando finalmente consegui contato, ela estava no hospital, começaria a indução. Eu estava eufórica. Fiz minhas recomendações e não conseguimos nos despedir. A emoção falou mais alto e lágrimas rolaram. Como eu queria estar lá com ela...
Duas e vinte da manhã no Canadá: meu celular toca de novo. Do outro lado uma voz de vó que só falava: nasceu, nasceu! Eu pulei de cama e queria detalhes. Minha mãe viu o parto. Nesse hospital a ante-sala é de vidro e na hora H as luzes se acendem e quem está na salinha familiar assiste o nascimento. Choro só de pensar!
E foi assim que Elena, minha primeira sobrinha nasceu. Além do mais, ela vai ser minha afilhada também.
Estou apaixonada por ela, mesmo sem ter segurado-a em meus braços.
Pra não perder o costume: Pequena, nunca te peguei e já te amo tanto!
Seja feliz, sempre!
Quando finalmente consegui contato, ela estava no hospital, começaria a indução. Eu estava eufórica. Fiz minhas recomendações e não conseguimos nos despedir. A emoção falou mais alto e lágrimas rolaram. Como eu queria estar lá com ela...
Duas e vinte da manhã no Canadá: meu celular toca de novo. Do outro lado uma voz de vó que só falava: nasceu, nasceu! Eu pulei de cama e queria detalhes. Minha mãe viu o parto. Nesse hospital a ante-sala é de vidro e na hora H as luzes se acendem e quem está na salinha familiar assiste o nascimento. Choro só de pensar!
E foi assim que Elena, minha primeira sobrinha nasceu. Além do mais, ela vai ser minha afilhada também.
Estou apaixonada por ela, mesmo sem ter segurado-a em meus braços.
Pra não perder o costume: Pequena, nunca te peguei e já te amo tanto!
Seja feliz, sempre!
segunda-feira, novembro 09, 2009
Santa tecnologia
É assim que os familiares vem ela crescendo, matam a saudade, brincam online. Muitas vezes eu fico até mais triste quando vejo as pessoas da família pela webcam. Parece que dá mais vontade de estar lá, de abraçar. É de cortar o coração quando Olívia mostra os brinquedos e fala pra vovó: Vem!
Essa é a parte chata de morar longe, mas ainda bem que temos a tecnologia a nosso favor.
segunda-feira, novembro 02, 2009
Halloween
A festa começou muito antes do dia 31, com as casas todas decoradas e as lojas vendendo fantasias, doces e muitos enfeites.
Aqui em casa nós não entramos muito no espírito da festa. Coloquei uma guirlanda de outono com um anjinho segurando uma plaquinha escrito: Blessings e um espantalho no meio de duas abóboras que colhemos no mesmo dia que fomos na fazenda de maçãs. Queria dar mais um caráter de agradecimento do que de Halloween.
Na sexta-feira, Olívia foi pra escola com Dory, levou a fantasia de Branca de Neve porque não quis se fantasiar, mas ao chegar na escola, se animou ao ver os amiguinhos todos fantasiados e não tirou mais o vestido.
Chegou em casa fantasiada com o saquinho cheio de doces e comeu bala até eu tirar tudo da frente dela.
No sábado fomos na casa de amigos fazer o "trick or treat" na vizinhança e foi super divertido. Passeamos pelas casas da rua, praticamente todas se envolveram com as brincadeiras e deram balas, salgadinhos, chocolates e até refrigerante.
As casas que estão acesas são as que participam da brincadeira. Engraçado que uma casa estava acesa e não tinha ninguém, mas o dono deixou na porta uma bacia com as guloseimas para que as crianças se servissem.
Estava bastante frio, então elas estavam fantasiadas e encapotadas com casacos e gorros, mas não deixaram de se divertir. E os adultos também aproveitaram.
Achei bem interessante ver como as pessoas participam da festa.
Seguem algumas fotos:
Aqui em casa nós não entramos muito no espírito da festa. Coloquei uma guirlanda de outono com um anjinho segurando uma plaquinha escrito: Blessings e um espantalho no meio de duas abóboras que colhemos no mesmo dia que fomos na fazenda de maçãs. Queria dar mais um caráter de agradecimento do que de Halloween.
Na sexta-feira, Olívia foi pra escola com Dory, levou a fantasia de Branca de Neve porque não quis se fantasiar, mas ao chegar na escola, se animou ao ver os amiguinhos todos fantasiados e não tirou mais o vestido.
Chegou em casa fantasiada com o saquinho cheio de doces e comeu bala até eu tirar tudo da frente dela.
No sábado fomos na casa de amigos fazer o "trick or treat" na vizinhança e foi super divertido. Passeamos pelas casas da rua, praticamente todas se envolveram com as brincadeiras e deram balas, salgadinhos, chocolates e até refrigerante.
As casas que estão acesas são as que participam da brincadeira. Engraçado que uma casa estava acesa e não tinha ninguém, mas o dono deixou na porta uma bacia com as guloseimas para que as crianças se servissem.
Estava bastante frio, então elas estavam fantasiadas e encapotadas com casacos e gorros, mas não deixaram de se divertir. E os adultos também aproveitaram.
Achei bem interessante ver como as pessoas participam da festa.
Seguem algumas fotos:
segunda-feira, outubro 12, 2009
I am so Thankful
Tanta coisa pra agradecer:
Mudanças, saudades, crescimento, saúde, família, emprego, casa quentinha, frio lá fora, mudança de cores, amigos: de perto e de longe, comida, escola, carro, aprendizado, oportunidades, aulas de natação, biblioteca pertinho de casa, internet, skype, telefone, colher maçãs, ouvir, falar, andar, enxergar, irmã, avó, filha, marido, mãe, cunhado, primas, festa, dias de solidão, poder chorar, comer chocolate, comprar luvas, roupa cheirosa, travesseiro.
Como eu tenho sorte. Como eu tenho tudo! Obrigada meu Deus!
Happy Thanksgiving!
quinta-feira, outubro 08, 2009
Mudaram as estações
Ao contrário do que diz a letra da música, muita coisa mudou nesses 4 meses que estamos aqui. Não só a paisagem maginífica que se apresenta diferente a cada dia, mas também em outros aspectos.
Parece que aqui o tempo voa, muitos dias passam e a gente não consegue administrar direito o tempo. Eu me sinto mais tranquila com a nossa decisão de ter vindo pra cá, mas não livre de questionamentos: será que vai ser bom pra minha filha viver longe dos primos e avós, será que vou aguentar a saudades, "o que vou ser quando crescer", etc, são apenas alguns exemplos de algumas perguntas que não saem da minha cabeça.
Dory sabiamente deixa a vida tomar seu rumo sem se preocupar demais com o amanhã. Eu ainda estou pelejando pra aprender.
O frio está chegando suavemente. Dentro de casa é sempre quentinho e gostoso e fora de casa venta muito e a gente tem que se agasalhar bem. Mas não vimos nada do que está por vir ainda. Porém estou olhando com bons olhos a mudança das estações.
Nossa vida vai entrando na rotina e isso é bom. Aliás, eu diria que ter rotina é fundamental para o bom funcionamento de uma casa.
Olívia está indo pro day care feliz da vida, sem chorar como uma mocinha e isso também já deixa meu coração mais tranquilo.
Dory está fazendo inglês e gosta muito das aulas. Pouco a pouco ele vai se soltando e adquirindo mais confiança. Se Deus quiser em breve ele começa a trabalhar e tudo se encaixa. Eu continuo no meu trabalho part-time e está cada vez mais fácil e até prazeroso. Minha chefe gosta bastante de mim e sinto que a confiança em meu trabalho aumenta a cada dia que passa.
Estamos felizes nesses meses que passamos aqui e certos que de fizemos a escolha adequada. Que o Senhor continue a nos cubrir de paz e sabedoria para que continuemos a tomas as decisões acertadas.
quarta-feira, setembro 23, 2009
Esportes
O novo livrinho das atividades esportivas da cidade já está disponível faz tempo e eu ainda não consegui definir em qual das aulas eu irei me inscrever.
Pelo menos a Olívia já está inscrita na aula de natação (parent and tot 3). É meia hora de aula por semana junto comigo ou com o Dory no centro comunitário que tem a duas quadras daqui, para crianças de 2 a 3 anos.
A estrutura é excelente, a piscina acabou de ser reformada e eu estou super animada pra cair na água com ela. Durante a gravidez dela, eu e Dory fazíamos aulas de natação e era uma delícia. Hoje ela curte bastante estar na água e tenho certeza que irá aproveitar as aulinhas na piscina.
Preciso agora definir a minha atividade e tudo indica que será algo relacionado a alongamento já que minhas costas estão muito doloridas. Depois que comecei a trabalhar as dores pioraram tremendamente por causa da posição nada favorável que eu fico o dia todo. E nada como uma boa alongada pra aliviar as tensões do dia a dia.
Dory pedala pela cidade sempre que pode e com a proximidade do inverno, essas pedalads estão com os dias contados.
Ainda bem que temos esse community centre aqui perto, assim podemos fazer alguma coisa mesmo nos dias mais frios.
Pelo menos a Olívia já está inscrita na aula de natação (parent and tot 3). É meia hora de aula por semana junto comigo ou com o Dory no centro comunitário que tem a duas quadras daqui, para crianças de 2 a 3 anos.
A estrutura é excelente, a piscina acabou de ser reformada e eu estou super animada pra cair na água com ela. Durante a gravidez dela, eu e Dory fazíamos aulas de natação e era uma delícia. Hoje ela curte bastante estar na água e tenho certeza que irá aproveitar as aulinhas na piscina.
Preciso agora definir a minha atividade e tudo indica que será algo relacionado a alongamento já que minhas costas estão muito doloridas. Depois que comecei a trabalhar as dores pioraram tremendamente por causa da posição nada favorável que eu fico o dia todo. E nada como uma boa alongada pra aliviar as tensões do dia a dia.
Dory pedala pela cidade sempre que pode e com a proximidade do inverno, essas pedalads estão com os dias contados.
Ainda bem que temos esse community centre aqui perto, assim podemos fazer alguma coisa mesmo nos dias mais frios.
quinta-feira, setembro 17, 2009
quarta-feira, setembro 09, 2009
Viagens e paseios - parte I
Aproveitando que minha mãe estava aqui e as temperaturas agradáveis de agosto, resolvemos passear bastante nos dias que eu não estava trabalhando.
Meu trabalho é part-time, o que me deu a oportunidade de poder curtir bastante os dias na companhia de pessoas agradáveis e queridas.
Olivia preparando-se para o inverno
Fomos até a Pensilvania, na casa da minha prima e estava sensacional. Além de poder fazer compras por preços mais acessíveis do que no Canadá, estivemos com nossos queridos primos e foi muito gostoso poder botar o papo em dia.
A imigração nos EUA pela Peace Bridge foi ok: eles perguntam tudo e mais um pouco, se estamos levando frutas, folhas, plantas, dinheiro e tudo o mais e depois nos mandam pra uma sala pra podermos pegar o visitor's pass que vale por 6 meses. Esperamos mais de uma hora e ainda tivemos que pagar mais dólares por pessoa. Achei que só o visto fosse o suficiente, mas me enganei.
Já a volta pro Canadá foi super tranquila, dois minutos, PR card em mãos e até minha mãe que tem visto de turista não foi problema algum pra reentrar no país.
O mais engraçado foi quando estávamos na salinha e quisemos ir no banheiro. Tinha que ir um por vez e a família só podia sair do recinto toda reunida. Então um saia do banheiro e ficava do lado de fora até que todos tivessem feito xixi e pudessem seguir pro estacionamento, juntos, de uma só vez.
Well, apesar de tudo acho que ainda é bem mais organizado que a Ponte da Amizade na fronteira do Brasil com o Paraguai (risos).
Meu trabalho é part-time, o que me deu a oportunidade de poder curtir bastante os dias na companhia de pessoas agradáveis e queridas.
Olivia preparando-se para o inverno
Fomos até a Pensilvania, na casa da minha prima e estava sensacional. Além de poder fazer compras por preços mais acessíveis do que no Canadá, estivemos com nossos queridos primos e foi muito gostoso poder botar o papo em dia.
A imigração nos EUA pela Peace Bridge foi ok: eles perguntam tudo e mais um pouco, se estamos levando frutas, folhas, plantas, dinheiro e tudo o mais e depois nos mandam pra uma sala pra podermos pegar o visitor's pass que vale por 6 meses. Esperamos mais de uma hora e ainda tivemos que pagar mais dólares por pessoa. Achei que só o visto fosse o suficiente, mas me enganei.
Já a volta pro Canadá foi super tranquila, dois minutos, PR card em mãos e até minha mãe que tem visto de turista não foi problema algum pra reentrar no país.
O mais engraçado foi quando estávamos na salinha e quisemos ir no banheiro. Tinha que ir um por vez e a família só podia sair do recinto toda reunida. Então um saia do banheiro e ficava do lado de fora até que todos tivessem feito xixi e pudessem seguir pro estacionamento, juntos, de uma só vez.
Well, apesar de tudo acho que ainda é bem mais organizado que a Ponte da Amizade na fronteira do Brasil com o Paraguai (risos).
segunda-feira, setembro 07, 2009
O que é bom dura pouco
Já sabem do que estou falando né? Das férias alheias...rs
Chegaram ao fim, mamãe foi embora e deixou um vazio aqui em casa.
Faz parte. Escolhas que fazemos.
Estou meio saudosa e volto em breve com fotos e alto astral!
Chegaram ao fim, mamãe foi embora e deixou um vazio aqui em casa.
Faz parte. Escolhas que fazemos.
Estou meio saudosa e volto em breve com fotos e alto astral!
domingo, agosto 30, 2009
Curtindo as férias alheias
As férias alheias no caso são as férias da minha mãe, que está aqui há quase um mês e que infelizmente vai embora semana que vem.
Quando não estou trabalhando a gente aproveita pra passear, sair pra fazer compras, viajar e por isso o tempo anda meio escasso.
Preciso voltar com mais calma e contar como anda a vida, mas essa semana eu quero curtir cada segundo ao lado dela e não prometo que vou voltar enquanto ela estiver aqui.
Quando não estou trabalhando a gente aproveita pra passear, sair pra fazer compras, viajar e por isso o tempo anda meio escasso.
Preciso voltar com mais calma e contar como anda a vida, mas essa semana eu quero curtir cada segundo ao lado dela e não prometo que vou voltar enquanto ela estiver aqui.
quinta-feira, agosto 13, 2009
Indo pro trabalho de carro
Estou trabalhando! É muito bom poder dizer isso apenas dois meses depois de ter chegado aqui.
Melhor ainda é poder dizer que agora temos a carteira G e um carro, o que permite que eu vá trabalhar de carro ou que alguém me leve de carro para o consultório.
Como eu já disse o sistema de ônibus aqui funciona super bem, mas não tem como negar que um carro facilita muito a nossa vida.
Quanto ao emprego, tem sido bastante enriquecedor estar trabalhando na sua área de atuação, aprendendo os termos em inglês e ainda por cima, adquirindo a famosa experiência canadense.
Devagar estamos estabelecendo nossa rotina, o que é muito importante pra todos, principalmente para Olívia, que está super feliz e adaptada com os novos amiguinhos e com toda a liberdade de poder brincar no quintal e curtir o verão.
Melhor ainda é poder dizer que agora temos a carteira G e um carro, o que permite que eu vá trabalhar de carro ou que alguém me leve de carro para o consultório.
Como eu já disse o sistema de ônibus aqui funciona super bem, mas não tem como negar que um carro facilita muito a nossa vida.
Quanto ao emprego, tem sido bastante enriquecedor estar trabalhando na sua área de atuação, aprendendo os termos em inglês e ainda por cima, adquirindo a famosa experiência canadense.
Devagar estamos estabelecendo nossa rotina, o que é muito importante pra todos, principalmente para Olívia, que está super feliz e adaptada com os novos amiguinhos e com toda a liberdade de poder brincar no quintal e curtir o verão.
segunda-feira, agosto 03, 2009
terça-feira, julho 28, 2009
Por que não gosto daqui?
Conforme prometido, seguem algumas considerações que tornam a vida aqui um pouco chata:
-Saudades...preciso dizer alguma coisa? Sinto, sim, muita falta da família, de estar com os amigos, de algumas comidas gostosas, de ter uma rotina.
-Verão fajuto: chove quase todo dia, mas não é chuva de verão no fim da tarde não. É um tempinho estranho e meio nublado, sem graça. Já peguei dias quentes aqui, mas chamar isso de verão é sacanagem.
-Faz muito frio. Isso é o que dizem e eu sei que é verdade. Estou só esperando o inverno chegar pra poder concluir se isso é chato mesmo ou se é possível ser feliz no inverno.
-Calor humano. Não posso reclamar pois estamos bem servidos no que se refere a amigos e brasileiros queridos que abraçam quando se encontram. Mas as pessoas daqui mesmo são distantes demais. Não espero que me beijem mesmo sem me conhecer, mas ao final de um curso de 3 semanas, poder dar um tchau mais afetuoso, algo além de um aperto de mão me parece de bom tom. Mas não aqui...
-Sou dentista mas não posso atuar. Eu já sabia de tudo isso antes mesmo de sair do Brasil e sempre achei um pouco paradoxal um país incentivar a imigração de profissionais qualificados uma vez que precisa desse tipo de mão de obra e quando chegamos aqui não podemos trabalhar. Tomara que isso mude um dia pra tornar a vida dos imigrantes um pouco mais fácil.
-As festas de aniversário em casas de festas duram apenas duas horas. As crianças amam, se divertem, mas é pouco.
-Tenho que lavar, passar, cozinhar, limpar a casa. É bem verdade que esses serviços por aqui são infinitamente mais fáceis de se realizar do que no Brasil. Aqui a gente encontra tudo o que é tipo de coisa pra facilitar sua vida, mas tem dias que tenho saudades da Antonia.
Como deu pra perceber, aqui também não é o paraiso. No fundo tudo gira em torno da saudade e eu acho que ficar traçando paralelos nem sempre é benéfico para quem os traça, já que aqui é um outro país, uma outra cultura.
Não quero bancar a pessimista, mas acho que vale a pena mostrar que nem tudo são flores. Vale lembrar também que essa é minha opinião pessoal. O que é bom pra mim pode não ser pra você e vice-versa.
Se lembrar de mais detalhes, coloco em outro post!
-Saudades...preciso dizer alguma coisa? Sinto, sim, muita falta da família, de estar com os amigos, de algumas comidas gostosas, de ter uma rotina.
-Verão fajuto: chove quase todo dia, mas não é chuva de verão no fim da tarde não. É um tempinho estranho e meio nublado, sem graça. Já peguei dias quentes aqui, mas chamar isso de verão é sacanagem.
-Faz muito frio. Isso é o que dizem e eu sei que é verdade. Estou só esperando o inverno chegar pra poder concluir se isso é chato mesmo ou se é possível ser feliz no inverno.
-Calor humano. Não posso reclamar pois estamos bem servidos no que se refere a amigos e brasileiros queridos que abraçam quando se encontram. Mas as pessoas daqui mesmo são distantes demais. Não espero que me beijem mesmo sem me conhecer, mas ao final de um curso de 3 semanas, poder dar um tchau mais afetuoso, algo além de um aperto de mão me parece de bom tom. Mas não aqui...
-Sou dentista mas não posso atuar. Eu já sabia de tudo isso antes mesmo de sair do Brasil e sempre achei um pouco paradoxal um país incentivar a imigração de profissionais qualificados uma vez que precisa desse tipo de mão de obra e quando chegamos aqui não podemos trabalhar. Tomara que isso mude um dia pra tornar a vida dos imigrantes um pouco mais fácil.
-As festas de aniversário em casas de festas duram apenas duas horas. As crianças amam, se divertem, mas é pouco.
-Tenho que lavar, passar, cozinhar, limpar a casa. É bem verdade que esses serviços por aqui são infinitamente mais fáceis de se realizar do que no Brasil. Aqui a gente encontra tudo o que é tipo de coisa pra facilitar sua vida, mas tem dias que tenho saudades da Antonia.
Como deu pra perceber, aqui também não é o paraiso. No fundo tudo gira em torno da saudade e eu acho que ficar traçando paralelos nem sempre é benéfico para quem os traça, já que aqui é um outro país, uma outra cultura.
Não quero bancar a pessimista, mas acho que vale a pena mostrar que nem tudo são flores. Vale lembrar também que essa é minha opinião pessoal. O que é bom pra mim pode não ser pra você e vice-versa.
Se lembrar de mais detalhes, coloco em outro post!
quinta-feira, julho 23, 2009
Maria Eduarda
Esse post é pra você, minha querida. Nasceu ontem, nossa (primeira) afilhada.
Gordinha, comprida. Jamais imaginei que minha amiga fosse gerar uma filha tão grande. Como disse pro meu compadre, ela já nasceu criada.
Ganhou da Olívia no peso, perdeu por pouco no tamanho.
Ela não é Duda. É Madu! Diferentemente linda!
Ontem, quando a Re se preparava pra entrar na sala de parto, graças à tecnologia, eu falava com ela via MSN pelo celular enquanto eu estava no ônibus voltando do curso. Preciso dizer que paguei o maior mico chorando no ônibus: de emoção, tristeza por não estar lá, alegria, tudo junto e misturado.
Tomara que você e Olívia sejam amigas, como eu e sua mamãe.
Aos que nascem e eu não tenho a oportunidade de ver logo de cara, costumo dizer: nunca te peguei mas já te amo tanto!
Com você não poderia ser diferente...amamos muito e desejamos uma vida linda pela frente!
Dinda, Dindo e Olívia
Gordinha, comprida. Jamais imaginei que minha amiga fosse gerar uma filha tão grande. Como disse pro meu compadre, ela já nasceu criada.
Ganhou da Olívia no peso, perdeu por pouco no tamanho.
Ela não é Duda. É Madu! Diferentemente linda!
Ontem, quando a Re se preparava pra entrar na sala de parto, graças à tecnologia, eu falava com ela via MSN pelo celular enquanto eu estava no ônibus voltando do curso. Preciso dizer que paguei o maior mico chorando no ônibus: de emoção, tristeza por não estar lá, alegria, tudo junto e misturado.
Tomara que você e Olívia sejam amigas, como eu e sua mamãe.
Aos que nascem e eu não tenho a oportunidade de ver logo de cara, costumo dizer: nunca te peguei mas já te amo tanto!
Com você não poderia ser diferente...amamos muito e desejamos uma vida linda pela frente!
Dinda, Dindo e Olívia
terça-feira, julho 21, 2009
Por que eu gosto daqui?
-Não tenho medo de assalto. Claro que aqui não é o paraiso, muita coisa errada acontece, mas não tem nem como se comparar a tensão que vivíamos no Rio ao sair de casa com o que sentimos aqui.
-Os ônibus são pontuais. Tem dias que eles passam alguns minutos mais cedo ou mais tarde, mas de modo geral é tudo bem previsível e dá pra se programar contando com o horário em que o ônibus vai passar.
-Moramos em casa com quintal. Nos primeiros dias eu ficava meio assustada por morar numa casa sem muros nem grades, mas pouco a pouco estou em acostumando e gostando disso. Olívia ama entrar e sair de casa. Temos que aproveitar enquanto é tempo, porque daqui a pouco chega o terrível inverno e tudo fica bem diferente por alguns longos meses.
-Tem uma igreja bem perto da minha casa e eu posso ir à pé à missa. Nunca morei tão perto de uma igreja. Além disso ela parece ser bem ativa, com uma programação legal da qual eu pretendo participar em breve.
-Conheci pessoas maravlihosas nesse curto espaço de tempo e a presença desses amigos com certeza faz com nossa adaptação seja mais tranquila e feliz.
-O community centre fica a duas quadras daqui, tem piscina aquecida e várias outras atividades para todas as idades, inclusive e especialmente no inverno. A biblioteca também fica assim pertinho e é maravilhoso poder pegar livros, revistas e DVDs. Tem pra todos os gostos, idades, sexos e o melhor, não custa nada!
-O shopping é logo ali também, tem várias lojas bacanas e uma coisa bem interessante: de manhã tem uma atividade dentro do shopping que chama Mall walkers, pra quem quer se exercitar e não ter a desculpa de que está nevando.
Escrevi de modo geral o que gosto daqui da região onde estou morando. À medida que for lembrando, acrescento mais coisas. A série "Do que não gosto daqui" também vai sair do forno em breve, mas hoje queria dar um ar mais positivo ao blog.
sexta-feira, julho 10, 2009
Dear Daughter
Hoje e' seu aniversa'rio! Que dia lindo voce ganhou de presente: sol, ce'u azul, quintal e grama verdinha pra voce correr.
Bem cedinho voce veio do seu quarto pra cama da mamae, sozinha, reconhecendo o caminho que traz voce ate' o aconchego de nosso abraco, quietinha. O raio de sol ja atravessava a nossa janela e iluminava ainda mais seu rosto lindo, cheio de vida no alto dos seus dois anos.
Com dois anos voce esta' recomecando a viver, longe dos nossos queridos, aprendendo outra lingua ainda que voce nem fale o portugues. E esta se saindo tao bem!
Mamae fica sempre pensando se estamos no caminho certo, se aqui voce sera' feliz, se aqui vai ser bom e seguro pra voce, mas pode ter certeza de que nosso objetivo principal e' proporcionar bem estar a voce. O que importa pra no's e' ve-a feliz e sauda'vel.
Quantas alegrias voce nos proporciona! Muitas preocupacoes tambem, 'e verdade, mas nada paga o preco do seu sorriso, do seu abraco, do seu beijo espontaneo fora de hora que enche meu coracao de orgulho e (ainda mais) amor.
Filha, Papai do ce'u abencoe sua caminhada, seus longos anos de vida. Estamos ao seu lado pra amparar, ensinar, cuidar.
Que n'os tenhamos um ano feliz, cheio de descobertas e amor, muito amor!
Amo voce, filha querida.
Bem cedinho voce veio do seu quarto pra cama da mamae, sozinha, reconhecendo o caminho que traz voce ate' o aconchego de nosso abraco, quietinha. O raio de sol ja atravessava a nossa janela e iluminava ainda mais seu rosto lindo, cheio de vida no alto dos seus dois anos.
Com dois anos voce esta' recomecando a viver, longe dos nossos queridos, aprendendo outra lingua ainda que voce nem fale o portugues. E esta se saindo tao bem!
Mamae fica sempre pensando se estamos no caminho certo, se aqui voce sera' feliz, se aqui vai ser bom e seguro pra voce, mas pode ter certeza de que nosso objetivo principal e' proporcionar bem estar a voce. O que importa pra no's e' ve-a feliz e sauda'vel.
Quantas alegrias voce nos proporciona! Muitas preocupacoes tambem, 'e verdade, mas nada paga o preco do seu sorriso, do seu abraco, do seu beijo espontaneo fora de hora que enche meu coracao de orgulho e (ainda mais) amor.
Filha, Papai do ce'u abencoe sua caminhada, seus longos anos de vida. Estamos ao seu lado pra amparar, ensinar, cuidar.
Que n'os tenhamos um ano feliz, cheio de descobertas e amor, muito amor!
Amo voce, filha querida.
terça-feira, julho 07, 2009
1 mes e 1 dia
Passa rapido mesmo...ontem fez um mes que chegamos aqui e eu mal tive tempo de postar e fazer o balanco. Peco desculpas pelo teclado sem acento, mas estou no curso Job Finding Club e nao sei configurar esse teclado.
A mudanca foi bem tranquila, levamos as coisas aos poucos e por fim ainda tivemos a chnace de participar da comemoracao do Dia do Canada. Encontramos nossos amigos do Tudo ao mesmo tempo, comemos pizza e ficamos assistindo os fogos na calcada.
Quando a comemoracao acabou, cada um pegou sua cadeirinha e foi embora, menos nos, que ainda ficamos sentados na rua batendo papo ate cansar. Olivia acabou dormindo no meu colo de tao cansada que estava.
Agora a rotina parece que esta tomando forma de verdade e isso e bom, mas por outro lado as vezes bate um certo medo, me pergunto se de fato fizemos a coisa certa. Falo disso num outro post.
Nesse mes posso garantir que nao me arrependi de nada. Conheci muita gente nova (muitos brasileiros e' verdade), os canadenses sao meio distantes mas ainda e' cedo pra tirar qualquer conclusao. Mudamos pra nossa casa e eu estou achando super estranho morar em uma casa terrea depois de anos e anos morando em apartamento. Me sinto meio insegura ainda, mas sei que logo me acostumo.
Nesse primeiro mes sentimos de fato que imigrar nao e' pra qualquer um: carregar compra de supermercado no onibus, demorar 2 horas pra chegar num lugar, voltar a noite e ainda ter que caminhar ou ter que depender da carona de amigos nem sempre e' facil. Fora que quando conseguimos uma carona temos que levar o car seat da Olivia a tiracolo o que torna tudo ainda mais complicado.
Outro dia alugamos um carro e tivemos que ir ao aeroporto buscar, de onibus, com a Olivia no colo dormindo e o car seat sendo carregado pelo Dory. Nem sempre e' engracada essa vida de imigrante.
Tiramos nossa carteira G1 e esse fato merece um post a parte tb. E' quase uma novela.
Tem dias que desanima um pouco pensar no recomeco. Da saudade da zona de conforto, da comida da vo, dos papos com as primas, da familia, da irma, mamae, cunhado, amigas. Chega a doer.
Por outro lado nao tenho mais medo de andar de carro e parar num farol a noite, minha filha brinca pelas ruas do condominio livremente (sob nossa supervisao, claro) e essa sensacao de seguranca nao tem preco.
Como eu sempre digo, pagamos um preco alto por estarmos aqui. Tem dia de choro, dia de medo, dia de alegria e o tempo vai dizer se estamos no caminho certo.
A mudanca foi bem tranquila, levamos as coisas aos poucos e por fim ainda tivemos a chnace de participar da comemoracao do Dia do Canada. Encontramos nossos amigos do Tudo ao mesmo tempo, comemos pizza e ficamos assistindo os fogos na calcada.
Quando a comemoracao acabou, cada um pegou sua cadeirinha e foi embora, menos nos, que ainda ficamos sentados na rua batendo papo ate cansar. Olivia acabou dormindo no meu colo de tao cansada que estava.
Agora a rotina parece que esta tomando forma de verdade e isso e bom, mas por outro lado as vezes bate um certo medo, me pergunto se de fato fizemos a coisa certa. Falo disso num outro post.
Nesse mes posso garantir que nao me arrependi de nada. Conheci muita gente nova (muitos brasileiros e' verdade), os canadenses sao meio distantes mas ainda e' cedo pra tirar qualquer conclusao. Mudamos pra nossa casa e eu estou achando super estranho morar em uma casa terrea depois de anos e anos morando em apartamento. Me sinto meio insegura ainda, mas sei que logo me acostumo.
Nesse primeiro mes sentimos de fato que imigrar nao e' pra qualquer um: carregar compra de supermercado no onibus, demorar 2 horas pra chegar num lugar, voltar a noite e ainda ter que caminhar ou ter que depender da carona de amigos nem sempre e' facil. Fora que quando conseguimos uma carona temos que levar o car seat da Olivia a tiracolo o que torna tudo ainda mais complicado.
Outro dia alugamos um carro e tivemos que ir ao aeroporto buscar, de onibus, com a Olivia no colo dormindo e o car seat sendo carregado pelo Dory. Nem sempre e' engracada essa vida de imigrante.
Tiramos nossa carteira G1 e esse fato merece um post a parte tb. E' quase uma novela.
Tem dias que desanima um pouco pensar no recomeco. Da saudade da zona de conforto, da comida da vo, dos papos com as primas, da familia, da irma, mamae, cunhado, amigas. Chega a doer.
Por outro lado nao tenho mais medo de andar de carro e parar num farol a noite, minha filha brinca pelas ruas do condominio livremente (sob nossa supervisao, claro) e essa sensacao de seguranca nao tem preco.
Como eu sempre digo, pagamos um preco alto por estarmos aqui. Tem dia de choro, dia de medo, dia de alegria e o tempo vai dizer se estamos no caminho certo.
terça-feira, junho 30, 2009
Estamos de mudança
Amanhã vamos mudar pra nossa casa. Mal posso esperar!
Em pouco menos de um mês já juntamos muitas coisas e até colocar tudo no lugar vai levar um certo tempo.
Compramos algumas coisas básicas, faltam muitas outras mas aos poucos a gente chega lá. Tem momentos que sinto saudade da minha vidinha do passado, casa prontinha, tudo no lugar. Depois penso que é gostoso comprar tudo novo, deixar a casa com a nossa cara.
Sei que tudo é questão de tempo. Ficaremos desconectados por alguns dias, mas em breve eu volto com novidades.
sexta-feira, junho 26, 2009
Enquanto isso...
Estamos tentando curtir o que a cidade tem a nos oferecer e o verão que está super quente. As pessoas saem nas ruas, cuidam dos jardins, ficam felizes. Dizem que no inverno tudo é bem diferente.
Semana que vem iremos nos mudar pra nossa casinha. Acho que a partir daí poderemos estabelecer uma rotina um pouco mais organizada. Estamos bem acomodados, mas nada como poder colocar as roupas nos armários, morar num lugar com cara de casa.
Muita coisa já foi resolvida, já tiramos alguns documentos e semana que vem faremos a prova para a carteira de motorista. Esse assunto merece um post à parte.
Fizemos o self-assessment test e dia 13 de julho começaremos as aulas de inglês. Nossa pequena deverá ir pro day care da escola em que estudaremos.
Nossa maior preocupação é o bem-estar dela. Tem dias que acho que ela está meio de saco cheio de morar num basement, então a gente tenta sair de casa, ir aos parques da cidade pra ela gastar toda a energia acumulada.
Uma dia vamos na biblioteca, outro na piscina de um centro comunitário da cidade. Ela se delicia.
A estrutura é mesmo impressionante se compararmos com o Brasil: muitos livros sendo oferecidos, onde vovê pode retirar por 3 semanas e devolver em qualquer biblioteca da cidade. A renovação pode ser feita pela internet caso haja disponibilidade. Além disso podemos retirar por uma semana DVDs e revistas. Acho isso fantástico.
Hoje foi dia de piscina: em horário determinado é só chegar lá, pagar e usfruir de piscinas limpinhas. Tem muita criança e muito idoso. Parece que ser velhinho por aqui nao 'e um problema. Eles tem acesso a tudo, nadam, fazem exerc'cios. Bem legal.
Ah, e caso voce esqueca de trazer seu saco plastico para colocar seu maio molhado depois de nadar, nao tem problema. Dentro dos vestiarios tem uma mini centrifuga onde voce coloca as pecas molhadas e elas saem "torcidas" sem ficar pingando agua.
Semana que vem iremos nos mudar pra nossa casinha. Acho que a partir daí poderemos estabelecer uma rotina um pouco mais organizada. Estamos bem acomodados, mas nada como poder colocar as roupas nos armários, morar num lugar com cara de casa.
Muita coisa já foi resolvida, já tiramos alguns documentos e semana que vem faremos a prova para a carteira de motorista. Esse assunto merece um post à parte.
Fizemos o self-assessment test e dia 13 de julho começaremos as aulas de inglês. Nossa pequena deverá ir pro day care da escola em que estudaremos.
Nossa maior preocupação é o bem-estar dela. Tem dias que acho que ela está meio de saco cheio de morar num basement, então a gente tenta sair de casa, ir aos parques da cidade pra ela gastar toda a energia acumulada.
Uma dia vamos na biblioteca, outro na piscina de um centro comunitário da cidade. Ela se delicia.
A estrutura é mesmo impressionante se compararmos com o Brasil: muitos livros sendo oferecidos, onde vovê pode retirar por 3 semanas e devolver em qualquer biblioteca da cidade. A renovação pode ser feita pela internet caso haja disponibilidade. Além disso podemos retirar por uma semana DVDs e revistas. Acho isso fantástico.
Hoje foi dia de piscina: em horário determinado é só chegar lá, pagar e usfruir de piscinas limpinhas. Tem muita criança e muito idoso. Parece que ser velhinho por aqui nao 'e um problema. Eles tem acesso a tudo, nadam, fazem exerc'cios. Bem legal.
Ah, e caso voce esqueca de trazer seu saco plastico para colocar seu maio molhado depois de nadar, nao tem problema. Dentro dos vestiarios tem uma mini centrifuga onde voce coloca as pecas molhadas e elas saem "torcidas" sem ficar pingando agua.
domingo, junho 21, 2009
Plano de saúde e visita ao médico
Semana passada fui surpreendida com um email numa lista de discussão que participo dizendo que o plano que eu havia contratado pelos 3 primeiros meses não se aplicava ao meu caso. Explico: Quando eu preenchi meus dados na internet para adquirir o plano, coloquei Brasil como meu país de residência. Assim a apólice diz que eu estaria coberta pelo plano em qualquer lugar do mundo menos no Brasil.
Por mim, tudo bem, porque no Brasil eu mantive um plano privado pra mim e minha família e é pra lá que quero ser enviada no caso de alguma situação mais grave, pelo menos até nós não estarmos cobertos pela saúde pública da província em que moramos.
A dúvida era: no caso de sermos residentes permanentes aqui, nosso país de residência seria o Canadá e assim, o plano não se aplicaria a nós. Passei a noite sem dormir direito pensando se deveria cancelar o plano contratado e contratar outro. Mandei email, e nada de respota. Telefonei, mas o escritório era na Austrália e estava fechado no horário que liguei. Mobilizei alguns amigos do Brasil pra me ajudarem a entender a apólice.
No dia segiunte consegui falar com eles e a moça que me atendeu disse que eu estaria coberta sim, desde que pudese se repatriada ao Brasil no caso de algo mais sério e que lá seria atendida pelo meu plano particular.
Fiquei aliviada.
Qual não foi minha surpresa, no dia seguinte amanheço com uma vontade louca de fazer xixi. Fiz xixi e a vontade não passava, dóia e incomodava muito.
Suspeitei: cistite!
E agora? Como vou comprar antibiótico? Só indo ao médico...
E assim foi. Saí daqui de casa e fui caminhando com a família até uma walk-in clinic, paguei 50 dólares pela consulta que será reembolsada pelo plano, peguei a receita e fui à farmácia comprar meus 14 comprimidos de antibióticos.
Já estou 100% boa, não sinto mais nada, mas estou tomando os remédios direitinho.
Espero que a hora que eu solicitar o reembolso, tudo dê certo e eles não criem caso com o meu país de residência.
Fica aqui o alerta: leiam direitinho o contrato. Outra coisa que eu acho que talvez valha a pena é contratar um plano daqui do Canadá mesmo, assim ou você não paga a consulta ou o reembolso vem diretamente pra você aqui e não pro Brasil, onde teoriamente seria meu país de residência.
Por mim, tudo bem, porque no Brasil eu mantive um plano privado pra mim e minha família e é pra lá que quero ser enviada no caso de alguma situação mais grave, pelo menos até nós não estarmos cobertos pela saúde pública da província em que moramos.
A dúvida era: no caso de sermos residentes permanentes aqui, nosso país de residência seria o Canadá e assim, o plano não se aplicaria a nós. Passei a noite sem dormir direito pensando se deveria cancelar o plano contratado e contratar outro. Mandei email, e nada de respota. Telefonei, mas o escritório era na Austrália e estava fechado no horário que liguei. Mobilizei alguns amigos do Brasil pra me ajudarem a entender a apólice.
No dia segiunte consegui falar com eles e a moça que me atendeu disse que eu estaria coberta sim, desde que pudese se repatriada ao Brasil no caso de algo mais sério e que lá seria atendida pelo meu plano particular.
Fiquei aliviada.
Qual não foi minha surpresa, no dia seguinte amanheço com uma vontade louca de fazer xixi. Fiz xixi e a vontade não passava, dóia e incomodava muito.
Suspeitei: cistite!
E agora? Como vou comprar antibiótico? Só indo ao médico...
E assim foi. Saí daqui de casa e fui caminhando com a família até uma walk-in clinic, paguei 50 dólares pela consulta que será reembolsada pelo plano, peguei a receita e fui à farmácia comprar meus 14 comprimidos de antibióticos.
Já estou 100% boa, não sinto mais nada, mas estou tomando os remédios direitinho.
Espero que a hora que eu solicitar o reembolso, tudo dê certo e eles não criem caso com o meu país de residência.
Fica aqui o alerta: leiam direitinho o contrato. Outra coisa que eu acho que talvez valha a pena é contratar um plano daqui do Canadá mesmo, assim ou você não paga a consulta ou o reembolso vem diretamente pra você aqui e não pro Brasil, onde teoriamente seria meu país de residência.
quinta-feira, junho 18, 2009
Ainda sobre os amigos
Falei que ter amigos aqui fez toda diferença nos nossos primeiros dias, mas não poderia deixar de mencionar os amigos de longa data e a família que deixei no Brasil. Como fazem falta!
Fiquei pensando nisso desde que saí de lá há quase duas semanas: como meus amigos e minha família foram importantes nesse momento de partida: cada um a sua maneira demosntrando carinho, incentivando com palavras, cartinhas ou mesmo no silêncio, com apenas um olhar.
Um tio veio de longe com sua família só pra dar tchau. Chegou e foi embora no mesmo dia. Veio a madrinha, a amiga mais chegada e a não tão chegada assim, o primo que mora fora do Brasil e estava de passeio também quis dar um abraço. A minha querida avó que chora só de olhar pra você. Ai que dor dar tchau pra ela! Minha tia escreveu uma carta, coisa rara, e disse que sou a sobrinha preferida (confissões de última hora). Minha prima-irmã fez uma retrospectiva de nossa vida e eu ria e chorava ao ler. Teve até quem preferiu não ligar pra dar tchau pra não chorar e eu achei melhor assim. Mas por fim, ela ligou e eu chorei do mesmo jeito.
Foi bom rever todo mundo ou ao menos falar com as pessoas, saber que estavam nos apoiando.
Como me senti amada nesses dias!
Hoje estou aqui mas sei que de longe todos torcem por nós, que todos estão perto, dentro do meu coração. Que posso ligar ou gritar que se preciso for alguem vem correndo me acudir.
No aeroporto, só minha irmã (grávida de uma menina), minha mãe e meus compadres (só soube disso quando já estava aqui. Quiseram me poupar de mais uma forte emoção. Chorei do mesmo jeito quando soube que vou ser a dinda da Maria Eduarda). Liberei a ida deles no último dia.
Meu cunhado não chegou a tempo, culpa do trânsito paulistano. Como chorei em cada abraço, como amo cada um de vocês!
Fiquei pensando nisso desde que saí de lá há quase duas semanas: como meus amigos e minha família foram importantes nesse momento de partida: cada um a sua maneira demosntrando carinho, incentivando com palavras, cartinhas ou mesmo no silêncio, com apenas um olhar.
Um tio veio de longe com sua família só pra dar tchau. Chegou e foi embora no mesmo dia. Veio a madrinha, a amiga mais chegada e a não tão chegada assim, o primo que mora fora do Brasil e estava de passeio também quis dar um abraço. A minha querida avó que chora só de olhar pra você. Ai que dor dar tchau pra ela! Minha tia escreveu uma carta, coisa rara, e disse que sou a sobrinha preferida (confissões de última hora). Minha prima-irmã fez uma retrospectiva de nossa vida e eu ria e chorava ao ler. Teve até quem preferiu não ligar pra dar tchau pra não chorar e eu achei melhor assim. Mas por fim, ela ligou e eu chorei do mesmo jeito.
Foi bom rever todo mundo ou ao menos falar com as pessoas, saber que estavam nos apoiando.
Como me senti amada nesses dias!
Hoje estou aqui mas sei que de longe todos torcem por nós, que todos estão perto, dentro do meu coração. Que posso ligar ou gritar que se preciso for alguem vem correndo me acudir.
No aeroporto, só minha irmã (grávida de uma menina), minha mãe e meus compadres (só soube disso quando já estava aqui. Quiseram me poupar de mais uma forte emoção. Chorei do mesmo jeito quando soube que vou ser a dinda da Maria Eduarda). Liberei a ida deles no último dia.
Meu cunhado não chegou a tempo, culpa do trânsito paulistano. Como chorei em cada abraço, como amo cada um de vocês!
terça-feira, junho 16, 2009
Amigos que fazem a diferença
Todos sabem que imigrar é recomeçar a viver: não temos crédito, não conhecemos o gerente do banco, nossa habilitação vence em dois meses, não temos casa, carro, emprego.
Graças a Deus pelo menos conhecemos muita gente. Antes eram amigos "virtuais", mas agora são reais e verdadeiros, no mesmo barco que a gente. Alguns mais experientes por estarem aqui a mais tempo, outros descobrindo as coisas agora, dando dicas, dando forças.
Isso faz toda a diferença ao recém-chegado, longe da família e das raíze. Desde que chegamos aqui, não paramos em casa. Cada dia é um que liga pra saber se está tudo bem, se estamos precisando de alguma coisa, se queremos uma carona pra ir ao mercado. Um leva a gente comprar celular, o outro leva a gente pra conhecer um parque na cidade. É bom demais. Não dá tempo de ficar triste. E quando a gente fica, é só ligar que sempre terá alguém pronto pra te ouvir e incentivar.
Como alugamos carro, pudemos ir nos familiarizando com a cidade. Quarta jantamos na casa de uma família querida, sexta no encontramos para uma reunião de oração e bate papo, sábado fomos pra Norht York rever os amigos cariocas recém-chegados e domingo passamos o dia com a família Tudo ao mesmo tempo. Foi um dia super agradável, as crianças se entenderam muito bem e brincaram o dia inteiro. Foi um fim de semana e tanto.
Tava sentindo falta de ficar em casa...
Opa, que casa?
No basement da Lucy. É uma delícia...
Graças a Deus pelo menos conhecemos muita gente. Antes eram amigos "virtuais", mas agora são reais e verdadeiros, no mesmo barco que a gente. Alguns mais experientes por estarem aqui a mais tempo, outros descobrindo as coisas agora, dando dicas, dando forças.
Isso faz toda a diferença ao recém-chegado, longe da família e das raíze. Desde que chegamos aqui, não paramos em casa. Cada dia é um que liga pra saber se está tudo bem, se estamos precisando de alguma coisa, se queremos uma carona pra ir ao mercado. Um leva a gente comprar celular, o outro leva a gente pra conhecer um parque na cidade. É bom demais. Não dá tempo de ficar triste. E quando a gente fica, é só ligar que sempre terá alguém pronto pra te ouvir e incentivar.
Como alugamos carro, pudemos ir nos familiarizando com a cidade. Quarta jantamos na casa de uma família querida, sexta no encontramos para uma reunião de oração e bate papo, sábado fomos pra Norht York rever os amigos cariocas recém-chegados e domingo passamos o dia com a família Tudo ao mesmo tempo. Foi um dia super agradável, as crianças se entenderam muito bem e brincaram o dia inteiro. Foi um fim de semana e tanto.
Tava sentindo falta de ficar em casa...
Opa, que casa?
No basement da Lucy. É uma delícia...
terça-feira, junho 09, 2009
Updates
Eu sempre lia quem chegava aqui dizer que o tempo passava muito rápido por conta da quantidade de coisas que temos que fazer nos primeiros dias. Desculpe ser cansativa, mas confirmo o fato: parece que estou aqui há pelo menos um mês.
Deixa eu voltar um pouquinho e contar sobre a saída do Brasil e a chegada aqui no Canadá.
Deixa eu voltar um pouquinho e contar sobre a saída do Brasil e a chegada aqui no Canadá.
Como era de se esperar, a despedida não foi nada fácil. Cada dia vinha alguma amiga, prima, tia ou um pouco de tudo isso junto lá na casa da minha mãe pra ver a gente, dar um beijo e deixar uma cartinha que eu nem abria pra não me acabar em lágrimas. Foi uma semana sofrida e angustiante que eu queria que passasse logo e que ao mesmo tempo eu não queria que acabasse nunca. Eu me perguntava: por que fui inventar de morar no Canadá?
O grande dia chegou e em meio a muitas lágrimas, me despedi. Eu sofria de imaginar que minha família estaria sofrendo. Não dá pra dizer ao certo o que eu senti.
O voo foi tranquilo e vez ou outra eu me dava conta de que era real e dava vontade de parar o filme pra eu sair de cena.
Olívia dormiu praticamente a viagem toda e só acordou na hora de tomar o café da manhã.
Ao chegarmos na imigração, tudo correu bem, não olharam nada sobre a quantia que estávamos trazendo. Apenas perguntaram e não precisei mostrar nada.
Pegar as malas foi um caso a parte já que não tinha nenhum carregador disponível pra nos ajudar e éramos apenas dois pra carregar uma criança, 9 malas e um carrinho. Foi uma maratona. Puxa mala daqui, espera dali, traz o carrinho, volta pra pegar a mala e minha pequena chorando, com sono, sem entender nada do que se passava.
Quando finalmente saímos da área de desembarque, amigos queridos nos esperavam. Isso fez toda a diferença. Sentimo-nos acolhidos por pessoas que já passaram por isso e que apesar de não nos conhecerem pessoalmente, acordaram cedinho numa manhã de sábado para tornar a nossa chegada mais feliz e menos traumática. Agradeço a Deus por isso.
Mais detalhes num próximo post senão ninguém mais le de tão cansativo que fica.
O grande dia chegou e em meio a muitas lágrimas, me despedi. Eu sofria de imaginar que minha família estaria sofrendo. Não dá pra dizer ao certo o que eu senti.
O voo foi tranquilo e vez ou outra eu me dava conta de que era real e dava vontade de parar o filme pra eu sair de cena.
Olívia dormiu praticamente a viagem toda e só acordou na hora de tomar o café da manhã.
Ao chegarmos na imigração, tudo correu bem, não olharam nada sobre a quantia que estávamos trazendo. Apenas perguntaram e não precisei mostrar nada.
Pegar as malas foi um caso a parte já que não tinha nenhum carregador disponível pra nos ajudar e éramos apenas dois pra carregar uma criança, 9 malas e um carrinho. Foi uma maratona. Puxa mala daqui, espera dali, traz o carrinho, volta pra pegar a mala e minha pequena chorando, com sono, sem entender nada do que se passava.
Quando finalmente saímos da área de desembarque, amigos queridos nos esperavam. Isso fez toda a diferença. Sentimo-nos acolhidos por pessoas que já passaram por isso e que apesar de não nos conhecerem pessoalmente, acordaram cedinho numa manhã de sábado para tornar a nossa chegada mais feliz e menos traumática. Agradeço a Deus por isso.
Mais detalhes num próximo post senão ninguém mais le de tão cansativo que fica.
domingo, junho 07, 2009
Here we are!
Chegamos! Preciso detalhar tudo, contar sobre a despedida, o voo, a chegada, mas estou super cansada.
Só queria avisar que deu tudo certo e estamos felizes, apesar da choradeira.
O pessoal que nos recebeu aqui é sensacional.
Prometo que amanhã eu volto com fatos e fotos.
Preciso dormir pra me recompor.
See you!
Só queria avisar que deu tudo certo e estamos felizes, apesar da choradeira.
O pessoal que nos recebeu aqui é sensacional.
Prometo que amanhã eu volto com fatos e fotos.
Preciso dormir pra me recompor.
See you!
sexta-feira, junho 05, 2009
Marcador zerado
Chegou a hora! Estamos correndo pra deixar tudo pronto. Embarcaremos dentro de algumas horas.
Não sei nem dizer o que estou sentindo. É muita emoção misturada, muitas perguntas, medos, ansiedade, um pouco de tudo.
Prometo que dentro em breve volto pra contar como tudo aconteceu.
Peço orações de todos que leem esse blog pra que nosso recomeço seja muito positivo e valioso!
Até amanhã, direto de Mississauga!
Não sei nem dizer o que estou sentindo. É muita emoção misturada, muitas perguntas, medos, ansiedade, um pouco de tudo.
Prometo que dentro em breve volto pra contar como tudo aconteceu.
Peço orações de todos que leem esse blog pra que nosso recomeço seja muito positivo e valioso!
Até amanhã, direto de Mississauga!
sexta-feira, maio 29, 2009
Fechando um ciclo
Essa semana foi corrida e atribulada, como era de se esperar.
Ver minha casa ficando vazia aos poucos foi estranho e até Olívia, no alto dos seus dois anos, estava ligeiramente estressada e, por que não dizer triste, ao ver aquele lugar que foi seu lar e sua referência de segurança, tão impessoal.
Eu e ela viemos pra São Paulo na quinta de manhã, passar a nossa última semana com minha família antes de partir. Dory vem sábado com as malas.
Foi difícil a despedida da família do Rio. Foi difícil vê-los tristes com a nossa partida. É difícil sofrer e fazer sofrer.
Eu costumo brincar que ter ido morar no Rio foi meu cursinho pré-vestibular. Foram quatro anos de preparação, vivendo longe da minha família, aprendendo a lidar com as despedidas e a conviver com a saudade. Agora a prova se aproxima. Quero ser aprovada!
Esse ciclo acabou. Fechou-se. Está encerrado. Outros começarão e muitos outros também acabarão. É a vida que segue sua dinâmica. É a vida que ensina, que faz chorar mas que também traz tantas alegrias, pessoas, ocasiões.
O ciclo se fechou. Um outro, novinho, está se abrindo...
Ver minha casa ficando vazia aos poucos foi estranho e até Olívia, no alto dos seus dois anos, estava ligeiramente estressada e, por que não dizer triste, ao ver aquele lugar que foi seu lar e sua referência de segurança, tão impessoal.
Eu e ela viemos pra São Paulo na quinta de manhã, passar a nossa última semana com minha família antes de partir. Dory vem sábado com as malas.
Foi difícil a despedida da família do Rio. Foi difícil vê-los tristes com a nossa partida. É difícil sofrer e fazer sofrer.
Eu costumo brincar que ter ido morar no Rio foi meu cursinho pré-vestibular. Foram quatro anos de preparação, vivendo longe da minha família, aprendendo a lidar com as despedidas e a conviver com a saudade. Agora a prova se aproxima. Quero ser aprovada!
Esse ciclo acabou. Fechou-se. Está encerrado. Outros começarão e muitos outros também acabarão. É a vida que segue sua dinâmica. É a vida que ensina, que faz chorar mas que também traz tantas alegrias, pessoas, ocasiões.
O ciclo se fechou. Um outro, novinho, está se abrindo...
domingo, maio 24, 2009
Era uma casa muito engraçada
Era não, é. A casa em questão é a nossa. Armários vazios, geladeira desligada e vendida, quarto da Olívia desativado. Casa de mãe, sogra, avó acabou virando um mini depósito de coisas que não vão com a gente por enquanto ou que talvez nunca irão, mas que também são preciosas demais para serem jogadas fora. Pouco a pouco as coisas estão indo embora. É estranho, tem horas que da um apertozinho no peito, mas por outro lado da um alívio pensar que tudo está se resolvendo.
A gente pratica o desapego dia a dia. Doamos um monte de coisas ao orfanato, brinquedos, roupas, banheira de bebê. Isso faz bem ao coração. Algumas outras foram vendidas.É estranho estar num lugar que não é mais a sua casa e está ficando cada dia mais impessoal. Até terça-feira temos nossa cama, mas a partir daí já vamos dormir num colchão no chão, estilo acampamento. Olívia vai adorar.
Pra falar a verdade, cada vez que tirávamos algo do quarto dela, ela chorava. Passamos a fazer isso quando ela estava dormindo e ela nem sentiu tanto. Acho que no fundo ela sabe que tem mudança à vista.
Esse texto da Martha Medeiros é bem conhecido, mas eu acho legal deixar aqui, registrado, assim eu mesma posso lê-lo cada vez que der vontade de chorar pelas minhas coisas que já se foram.
Vende-se Tudo
Martha Medeiros
No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos.
O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante.
Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma .No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.
Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida... Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile . Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio.Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa. Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.... E só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir e começar a trabalhar o desapego já!
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante.
Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma .No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.
Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida... Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile . Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio.Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa. Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.... E só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir e começar a trabalhar o desapego já!
domingo, maio 17, 2009
O frio na barriga
É... inevitavelmente ele chegou. E já tem um tempo.
Geralmente ele se acentua a noite. Durante o dia eu encaro tudo mais numa boa, mas quando chega a hora de dormir, os pensamentos vão longe. O que parecia distante fica cada dia mais próximo e a data do embarque está chegando.
Tem horas que bate um ligeiro desepero. Dá vontade de sair correndo.
Eu sei que estamos no caminho certo, mas é impossível não pensar que o grande dia se aproxima.
Geralmente ele se acentua a noite. Durante o dia eu encaro tudo mais numa boa, mas quando chega a hora de dormir, os pensamentos vão longe. O que parecia distante fica cada dia mais próximo e a data do embarque está chegando.
Tem horas que bate um ligeiro desepero. Dá vontade de sair correndo.
Eu sei que estamos no caminho certo, mas é impossível não pensar que o grande dia se aproxima.
domingo, maio 10, 2009
Para minha mãe
terça-feira, maio 05, 2009
Mais uma página virada
A um mês de nosso embarque, ainda temos muito pra fazer, mas tudo está caminhando dentro do programado.
Mais uma página foi virada nesse história rumo ao Canadá: Dory saiu do emprego. Ele havia avisado sobre os planos de mudança em fevereiro e graças a Deus conseguiu um acordo no trabalho para que fosse demitido.
Dia 30 de abril foi o último dia dele no trabalho e desde então ele está em casa, sem emprego, mas não sem trabalho (porque o que não falta é coisa pra ser feita).
Tudo está se encaixando, como tem sido desde sempre. Dá um certo pavor pensar que estamos sem uma fonte de renda, mas temos muita fé de que isso será apenas um estágio temporário de nossas vidas.
Apesar das dificuldades que imaginamos que encontraremos por lá, pretendemos trabalhar o quanto antes, que é o que todo imigrante sonha.
Em breve pretendo escrever outro post falando sobre isso. Como nossas profissões requerem validação de diploma, nosso caminho será, diríamos, um pouquinho mais árduo. Mas estamos dispostos a recomeçar.
As mangas já estão arregaçadas!
Mais uma página foi virada nesse história rumo ao Canadá: Dory saiu do emprego. Ele havia avisado sobre os planos de mudança em fevereiro e graças a Deus conseguiu um acordo no trabalho para que fosse demitido.
Dia 30 de abril foi o último dia dele no trabalho e desde então ele está em casa, sem emprego, mas não sem trabalho (porque o que não falta é coisa pra ser feita).
Tudo está se encaixando, como tem sido desde sempre. Dá um certo pavor pensar que estamos sem uma fonte de renda, mas temos muita fé de que isso será apenas um estágio temporário de nossas vidas.
Apesar das dificuldades que imaginamos que encontraremos por lá, pretendemos trabalhar o quanto antes, que é o que todo imigrante sonha.
Em breve pretendo escrever outro post falando sobre isso. Como nossas profissões requerem validação de diploma, nosso caminho será, diríamos, um pouquinho mais árduo. Mas estamos dispostos a recomeçar.
As mangas já estão arregaçadas!
quarta-feira, abril 29, 2009
Falta pouco
Hoje me dei conta que o o dia do embarque realmente está chegando. Claro que a gente pensa nisso todo santo dia, mas ao receber um convite para um festinha de aniversário que coincidentemente será no dia da nossa partida, pude perceber que falta muito pouco mesmo pra entrarmos no avião.
A ficha está caindo....
A ficha está caindo....
terça-feira, abril 28, 2009
Unanimidade
Obrigada pela participação de todos os que deixaram um comentário no post anterior.
O Sai da tua terra continua assim, com o mesmo nome.
Vou providenciar algumas mudanças no blog de modo geral, mas o nome continua o mesmo!
E aqui vamos nós, para a terra que o Senhor nos mostrou.
O Sai da tua terra continua assim, com o mesmo nome.
Vou providenciar algumas mudanças no blog de modo geral, mas o nome continua o mesmo!
E aqui vamos nós, para a terra que o Senhor nos mostrou.
terça-feira, abril 21, 2009
Novo blog (?)
Entre as mil coisas que estão na minha lista de afazeres, uma delas não sai da minha cabeça.
E como não consegui chegar a nenhuma conclusão, peço ajuda dos meus caros leitores: o blog deve mudar junto com a gente? Ou seja, assim que pisarmos no Canadá, devemos ter um novo blog que conte sobre nossa vida lá ou devemos continuar com o mesmo blog?
Ficar com o Sai da tua terra é prático e eu gosto do nome, mas acho que não vai mais fazer sentido, já que na ocasião teremos saído da nossa terra.
Não consigo pensar num outro nome para nosso próximo blog caso ele venha existir.
Então, peço a opinião de vocês e quem quiser pode até sugerir um novo nome!
Estou esperando!
E como não consegui chegar a nenhuma conclusão, peço ajuda dos meus caros leitores: o blog deve mudar junto com a gente? Ou seja, assim que pisarmos no Canadá, devemos ter um novo blog que conte sobre nossa vida lá ou devemos continuar com o mesmo blog?
Ficar com o Sai da tua terra é prático e eu gosto do nome, mas acho que não vai mais fazer sentido, já que na ocasião teremos saído da nossa terra.
Não consigo pensar num outro nome para nosso próximo blog caso ele venha existir.
Então, peço a opinião de vocês e quem quiser pode até sugerir um novo nome!
Estou esperando!
terça-feira, abril 14, 2009
O dia dela
Hoje foi aniversário da minha avó: a única que eu tenho! Os outros já se foram e ela continua firme e forte, reclamando um pouquinho, com uma dor aqui e outra ali, mas com um pique de dar inveja.
Sempre que eu vou pra minha cidade, ela já deixa a sopinha da Olívia pronta, fica com ela se eu preciso sair umas horinhas, tem uma paciência de Jó e a palavra certa pra cada ocasião. É discreta e humilde que chega a irritar, serve a todos mas detesta ser servida, não sabe dar ordens, prefere fazer.
Ela é linda e não por acaso, é xará da minha filha. Ou quase: chama-se Oliva, imigrante italiana fugida da guerra.
Estamos agora fazendo o caminho inverso. Ela nem sabe o quanto eu sigo seus exemplos. Mas ela sabe o quanto é amada. Muito!
Sempre que eu vou pra minha cidade, ela já deixa a sopinha da Olívia pronta, fica com ela se eu preciso sair umas horinhas, tem uma paciência de Jó e a palavra certa pra cada ocasião. É discreta e humilde que chega a irritar, serve a todos mas detesta ser servida, não sabe dar ordens, prefere fazer.
Ela é linda e não por acaso, é xará da minha filha. Ou quase: chama-se Oliva, imigrante italiana fugida da guerra.
Estamos agora fazendo o caminho inverso. Ela nem sabe o quanto eu sigo seus exemplos. Mas ela sabe o quanto é amada. Muito!
quarta-feira, abril 08, 2009
Tirando o pó
Nossa, abandonei o blog! A desculpa é aquela de sempre: tempo (ou a falta dele).
Quem já imigrou sabe do que estou falando: pendências, documentos, traduções, médicos, vendas, compras. Enfim, a lista de coisas pra fazer não tem fim!
Bom, vamos lá: vendemos o apartamento. Anunciamos apenas aqui no prédio mesmo e em menos de uma semana fechamos negócio. Foi tudo melhor do que esperávamos: a compradora deu o preço que estávamos pedindo, 90 dias para sairmos (vai praticamente coincidir com nosso embarque) e ainda resolveu comprar alguns ítens de nosso apartamento como ar condicionado e máquina de lavar roupa. Perfeito! Claro que a mão de Deus só pode estar presente em tudo isso.
Estamos agora providenciando a venda de outros pertences e praticando o desapego a cada objeto que se vai. Algumas coisas que vendemos já estão sendo levadas por terem pouca utilidade. Outras já foram vendidas e ainda estão aqui em casa, sendo usadas diariamente, como o fogão e a TV. Não dá pra ficar sem eles...
Fora isso, estou mais na ponte aérea do que nunca: tive que ir pra SP requerer meus históricos da faculdade e da pós-graduação, mandei numa tradutora juramentada e enviei para o WES para ter a eqûivalência canadense. Não sei ainda se irei fazer mestrado no Canadá, então achei prudente ter essa documentação em mãos caso venha precisar dela. Tudo isso leva tempo e dinheiro. De quebra aproveito para curtir minha família e ver os amigos enquanto estou na capital paulista.
Nesse meio-tempo, minha irmã tirou férias e eu, Olívia, ela e minha mãe passamos uma semana num hotel decansando e curtindo o ócio. Viagem de descanso e de despedida. Consegui me desligar do mundo e das pendências por uma semana. Foi ótimo!
Agora estou de volta ao mundo real, dando ritmo na correria. Temos menos de dois meses pela frente e o tempo está passando rápido demais.
Quem já imigrou sabe do que estou falando: pendências, documentos, traduções, médicos, vendas, compras. Enfim, a lista de coisas pra fazer não tem fim!
Bom, vamos lá: vendemos o apartamento. Anunciamos apenas aqui no prédio mesmo e em menos de uma semana fechamos negócio. Foi tudo melhor do que esperávamos: a compradora deu o preço que estávamos pedindo, 90 dias para sairmos (vai praticamente coincidir com nosso embarque) e ainda resolveu comprar alguns ítens de nosso apartamento como ar condicionado e máquina de lavar roupa. Perfeito! Claro que a mão de Deus só pode estar presente em tudo isso.
Estamos agora providenciando a venda de outros pertences e praticando o desapego a cada objeto que se vai. Algumas coisas que vendemos já estão sendo levadas por terem pouca utilidade. Outras já foram vendidas e ainda estão aqui em casa, sendo usadas diariamente, como o fogão e a TV. Não dá pra ficar sem eles...
Fora isso, estou mais na ponte aérea do que nunca: tive que ir pra SP requerer meus históricos da faculdade e da pós-graduação, mandei numa tradutora juramentada e enviei para o WES para ter a eqûivalência canadense. Não sei ainda se irei fazer mestrado no Canadá, então achei prudente ter essa documentação em mãos caso venha precisar dela. Tudo isso leva tempo e dinheiro. De quebra aproveito para curtir minha família e ver os amigos enquanto estou na capital paulista.
Nesse meio-tempo, minha irmã tirou férias e eu, Olívia, ela e minha mãe passamos uma semana num hotel decansando e curtindo o ócio. Viagem de descanso e de despedida. Consegui me desligar do mundo e das pendências por uma semana. Foi ótimo!
Agora estou de volta ao mundo real, dando ritmo na correria. Temos menos de dois meses pela frente e o tempo está passando rápido demais.
sexta-feira, março 06, 2009
Revelações e Reações
Pouco a pouco as pessoas que convivem conosco estão sabendo da mudança que está prestes a ocorrer.
Eu já chego falando que temos uma novidade e sempre espero uma reação meio estranha, algum palpite maldoso, alguma projeção, alguma palavra que tente me convencer de que estou no caminho errado.
Porém, para minha surpresa, a grande maioria das pessoas reage super bem. Falam que estamos certos, que será excelente pra Olívia, que a qualidade de vida é ótima, que no Brasil não dá mais e tal.
Claro que perguntam se já temos emprego, o que vamos fazer lá, como surgiu a ideia e um ou outro fala, sim, que somos loucos, que lá é muito frio, que largar tudo em tempos de crise é maluquice e etc.
A grande maioria, contudo, dá força, diz que conhece alguém que foi e não voltou, ou voltou mas amou.
Enfim, fiquei positivamente surpresa com a reação das pessoas, mas infelizmente pude perceber como a grande maioria anda insatisfeita com a situação de nossa pátria amada!
Eu já chego falando que temos uma novidade e sempre espero uma reação meio estranha, algum palpite maldoso, alguma projeção, alguma palavra que tente me convencer de que estou no caminho errado.
Porém, para minha surpresa, a grande maioria das pessoas reage super bem. Falam que estamos certos, que será excelente pra Olívia, que a qualidade de vida é ótima, que no Brasil não dá mais e tal.
Claro que perguntam se já temos emprego, o que vamos fazer lá, como surgiu a ideia e um ou outro fala, sim, que somos loucos, que lá é muito frio, que largar tudo em tempos de crise é maluquice e etc.
A grande maioria, contudo, dá força, diz que conhece alguém que foi e não voltou, ou voltou mas amou.
Enfim, fiquei positivamente surpresa com a reação das pessoas, mas infelizmente pude perceber como a grande maioria anda insatisfeita com a situação de nossa pátria amada!
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Rapidinhas do Carnaval
*Fomos buscar minha irmã e cunhado no Galeão no sábado as sete e pouco da manhã e ficamos parados na Linha Vermelha. Motivo: via fechado por causa de tiroteio. Além do trânsito do Carnaval, muitos carros na rua, teve arrastão e já viu. Salve-se quem puder! Graças a Deus nada de mais grava aconteceu conosco. Tem gente que diz que a gente se acostuma com a violência. Eu jamais me acostumarei!
*Dias quentes de muito sol e praia, curtimos a presença da família perto de nós, piscina e alguns blocs de rua. Foi divertido e animado, sem confusão, na medida certa pra quem tem uma filha pequena. Não sou fã número um de carnaval (já fui muito!), mas acho que vou sentir saudades.
*Muita sujeira nas ruas por onde os blocos passaram, falta de organização e cidadania.
*Milhões de coisas pra organizar e aquela sensação de não saber por onde começar. A contagem regressiva já começou e em junho o Canadá recebe mais uma família de imigrantes. Falta muito pouco...
*Dias quentes de muito sol e praia, curtimos a presença da família perto de nós, piscina e alguns blocs de rua. Foi divertido e animado, sem confusão, na medida certa pra quem tem uma filha pequena. Não sou fã número um de carnaval (já fui muito!), mas acho que vou sentir saudades.
*Muita sujeira nas ruas por onde os blocos passaram, falta de organização e cidadania.
*Milhões de coisas pra organizar e aquela sensação de não saber por onde começar. A contagem regressiva já começou e em junho o Canadá recebe mais uma família de imigrantes. Falta muito pouco...
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Gringos in Rio
Carnaval chegando e a cidade está mais cheia de gringos do que o habitual. Ontem peguei o metrô e na hora de pegar o ônibus de integração ajudei dois turistas que estavam meio perdidos. Eles queriam ir pra praia de Ipanema, que era pra onde eu estava indo também (não pra praia, pro bairro).
Ele era da Escócia e ela era da Austrália. Ele queria de todo jeito falar português comigo, mas na verdade eu não entendia nada do português dele e o inglês tinha um sotaque fortíssimo. Além do que ele fazia algumas perguntas e depois dizia gracias como se estivesse agradecendo em nossa língua. Tadinho!
Logo que entramos no ônibus, ela me perguntou qual era a diferença de ficar na parte da frente ou de trás. Não sabia que pra sair do ônibus era necessário passar pelo cobrador.
Quando passamos pela praia de Copacabana eles ficaram admirados com a paisagem, que é linda mesmo e com o sol e o céu azul, ficou perfeita.
Ele me perguntou quanto costuma-se pagar pelo aluguel das cadeiras e guarda-sol pois os donos das barracas costumam cobrar um valor um pouco alto quando percebem que são turistas. Segundo ele me disse, por volta de R$30,00!!!!
Chegando no nosso destino, que por coincidência era o mesmo, eles me agradeceram pela ajuda e foram curtir a praia.
Recomendei que cuidassem dos pertences e aproveitassem o dia.
Foi legal ajudar os gringos que circulam por aqui, mesmo porque sempre somos ajudados quando visitamos outros países. E de quebra pratiquei um pouco de inglês pra ver se desenferruja.
Ele era da Escócia e ela era da Austrália. Ele queria de todo jeito falar português comigo, mas na verdade eu não entendia nada do português dele e o inglês tinha um sotaque fortíssimo. Além do que ele fazia algumas perguntas e depois dizia gracias como se estivesse agradecendo em nossa língua. Tadinho!
Logo que entramos no ônibus, ela me perguntou qual era a diferença de ficar na parte da frente ou de trás. Não sabia que pra sair do ônibus era necessário passar pelo cobrador.
Quando passamos pela praia de Copacabana eles ficaram admirados com a paisagem, que é linda mesmo e com o sol e o céu azul, ficou perfeita.
Ele me perguntou quanto costuma-se pagar pelo aluguel das cadeiras e guarda-sol pois os donos das barracas costumam cobrar um valor um pouco alto quando percebem que são turistas. Segundo ele me disse, por volta de R$30,00!!!!
Chegando no nosso destino, que por coincidência era o mesmo, eles me agradeceram pela ajuda e foram curtir a praia.
Recomendei que cuidassem dos pertences e aproveitassem o dia.
Foi legal ajudar os gringos que circulam por aqui, mesmo porque sempre somos ajudados quando visitamos outros países. E de quebra pratiquei um pouco de inglês pra ver se desenferruja.
sábado, fevereiro 14, 2009
Meme
A Denise deixou um comentário em meu blog dizendo que havia me indicado para a brincadeira. Demorei, mas aqui estou.
As regras são as seguintes e devem estar escritas na postagem:
1- Linkar a pessoa que te indicou (Denise do Sweet Canadian Life )
2-Contar seis coisas aleatórias sobre você
3-Indicar mais seis pessoas e colocar os links no final do post
4-Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela
5-Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post
1) Sou perfeccionista e tenho mania de limpeza. Ultimamente tenho me controlado pra ser um pouco mais "light"em relação a isso. Tenho me cobrado menos no que diz respeito a organização da casa e está funcionando.
2) Tive endometriose, sofri cólicas horríveis ao longo da vida, fiz duas videolaparoscopias para dar um fim no problema e os médicos diziam que eu teria muita dificuldade pra engravidar. Ao menor sinal de atraso, o teste de farmácia provou o contrário e Olívia está aí pra contar a história.
3) Adoro artesanato e se pudesse viveria disso. Já fiz de tudo: biscuit, patchwork, pintura a óleo, ponto cruz, pintura country em madeira e pretendo continuar inventando moda.
4) Herdei o cadermo de receitas da minha avó que cozinhava divinamente bem. Ela deixou uma dedicatória pra mim no caderno dela. Preciso resgatar essa relíquia na casa da minha mãe e colocar em prática as maravilhas que lá estão.
5) Sempre quis morar fora do Brasil. Fiz intercâmbio nos EUA. Chegamos a pensar em passar uma temporada em Portugal, já cogitamos ir pra Austrália, e finalmente decidimos ir pro Canadá. Falta pouco pra isso acontecer!
6) Eu odiava ser fotografada quando era criança e hoje em dia fotografo tudo. Até gostaria muito de fazer um curso pra fazer umas fotos bem bacanas.
Vou indicar Andrea, Camila, Silvia, Raquel, Carla e Eliane para a brincadeira.
As regras são as seguintes e devem estar escritas na postagem:
1- Linkar a pessoa que te indicou (Denise do Sweet Canadian Life )
2-Contar seis coisas aleatórias sobre você
3-Indicar mais seis pessoas e colocar os links no final do post
4-Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela
5-Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post
1) Sou perfeccionista e tenho mania de limpeza. Ultimamente tenho me controlado pra ser um pouco mais "light"em relação a isso. Tenho me cobrado menos no que diz respeito a organização da casa e está funcionando.
2) Tive endometriose, sofri cólicas horríveis ao longo da vida, fiz duas videolaparoscopias para dar um fim no problema e os médicos diziam que eu teria muita dificuldade pra engravidar. Ao menor sinal de atraso, o teste de farmácia provou o contrário e Olívia está aí pra contar a história.
3) Adoro artesanato e se pudesse viveria disso. Já fiz de tudo: biscuit, patchwork, pintura a óleo, ponto cruz, pintura country em madeira e pretendo continuar inventando moda.
4) Herdei o cadermo de receitas da minha avó que cozinhava divinamente bem. Ela deixou uma dedicatória pra mim no caderno dela. Preciso resgatar essa relíquia na casa da minha mãe e colocar em prática as maravilhas que lá estão.
5) Sempre quis morar fora do Brasil. Fiz intercâmbio nos EUA. Chegamos a pensar em passar uma temporada em Portugal, já cogitamos ir pra Austrália, e finalmente decidimos ir pro Canadá. Falta pouco pra isso acontecer!
6) Eu odiava ser fotografada quando era criança e hoje em dia fotografo tudo. Até gostaria muito de fazer um curso pra fazer umas fotos bem bacanas.
Vou indicar Andrea, Camila, Silvia, Raquel, Carla e Eliane para a brincadeira.
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Fim do processo...
...ou começo!
Ontem finalmente pudemos ver a "cara" dos nossos vistos e considero que esse seja o fim da primeira parte do processo.
A segunda parte está apenas começando e creio que deva ser bem mais trabalhosa, porém mais dinâmica.
Agradeço a Deus por termos chegado até aqui, as coisas vão se encaixando e a gente sente que está na direção que Ele nos deu.
Agradeço ao apoio dos familiares e amigos, de modo especial à minha mãe, que é uma incentivadora fiel, mesmo sabendo que não será fácil estar longe de nós. Amo-te!
Obrigada aos grupos de amigos virtuais que acabam se tornando reais e que dão aquela força nos momentos de sentimentos ambíguos e aos leitores do blog que sempre se manifestam de modo carinhoso.
Ao marido que entrou nesse barco comigo e não me deixou desitir mesmo nas horas mais difíceis. Deus plantou esse sonho em nossos corações separadamente e deu um jeito de nos unir em algum momento dessa vida pra que, juntos, pudéssemos concretizá-lo. Como é grande o meu amor por você!
À Olívia, a quem, por motivos óbvios, não foi dada a chance de escolha: tudo isso é pra/por você filha amada.
Um futuro brilhante pra nós!
Ontem finalmente pudemos ver a "cara" dos nossos vistos e considero que esse seja o fim da primeira parte do processo.
A segunda parte está apenas começando e creio que deva ser bem mais trabalhosa, porém mais dinâmica.
Agradeço a Deus por termos chegado até aqui, as coisas vão se encaixando e a gente sente que está na direção que Ele nos deu.
Agradeço ao apoio dos familiares e amigos, de modo especial à minha mãe, que é uma incentivadora fiel, mesmo sabendo que não será fácil estar longe de nós. Amo-te!
Obrigada aos grupos de amigos virtuais que acabam se tornando reais e que dão aquela força nos momentos de sentimentos ambíguos e aos leitores do blog que sempre se manifestam de modo carinhoso.
Ao marido que entrou nesse barco comigo e não me deixou desitir mesmo nas horas mais difíceis. Deus plantou esse sonho em nossos corações separadamente e deu um jeito de nos unir em algum momento dessa vida pra que, juntos, pudéssemos concretizá-lo. Como é grande o meu amor por você!
À Olívia, a quem, por motivos óbvios, não foi dada a chance de escolha: tudo isso é pra/por você filha amada.
Um futuro brilhante pra nós!
quarta-feira, janeiro 28, 2009
Família vende tudo
Em breve vai entrar no ar o Família vende tudo, o blog que criamos para ajudar nas nossas vendas.
Ainda está com acesso restrito porque tem poucas coisas postadas, mas em breve eu libero pra vocês me ajudarem a divulgar.
Posso fazer uma confissão? Tá sendo difícil me desfazer das minhas coisas...
Ainda está com acesso restrito porque tem poucas coisas postadas, mas em breve eu libero pra vocês me ajudarem a divulgar.
Posso fazer uma confissão? Tá sendo difícil me desfazer das minhas coisas...
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Os Reis Magos
Das figuras bíblicas mais intimamente ligadas à tradição religiosa do povo destacam-se os Reis Magos. Melchior, Gaspar e Baltazar foram citados pelos profetas do Velho Testamento, que profetizavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.
No presépio encontramos apenas os animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, os reis, que curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mirra, isto é prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei.
A festa da Epifania é comemorada no dia 06 de janeiro, mas só recebemos nossos presentes hoje, dois dias depois do dia dos Reis: chegou o pedido dos passaportes! Agora tudo é ainda mais real e os planos vão tomando forma e cor.
Em breve, maiores detalhes dessa novela da vida real.
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